sábado, 26 de maio de 2012

O Sertanejo

  

O Sertanejo, romance da fase regionalista (ou sertanista) de José de Alencar, publicado em 1875, põe em cena o interior nordestino do século XVIII, onde se desenrola a trajetória repleta de heroísmo de Arnaldo, vaqueiro cearense, homem do campo, simples, mas bravo lutador que tudo enfrenta por amor e por seus ideais. Os dias e os trabalhos do vaqueiro traçam um painel do Nordeste do Brasil.

A obra apresenta uma prosa com personagens característicos do sertão. Onde o personagem-narrador é Severino, que ao longo do texto tenta se definir, mas com tudo o que fala não consegue, por isso Severino passa a ser como uma figura genérica, ou seja, passa a ser a característica do povo sofrido pelas difilculdades como a fome,sede e miséria.

É um dos romances bastantes brasileiros em que Alencar dá expansão ao seu gênero de pincelador retratando com belas e radiantes cores a paisagem do sertão. Traça todo um complexo de características geográficas e culturais, registrando o típico de nossa sociedade rural, desde o comportamento individual e as relações domésticas, até o registro do folclore. 

O Sertanejo é o último romance que Alencar publicou em vida. É uma espécie de síntese de suas características literárias. Seu personagem central é Arnaldo Loureiro, destemido vaqueiro a serviço capitão-mor, Arnaldo Campelo, que enfrenta os mais sérios riscos na esperança de constar a simpatia da filha do fazendeiro.

Arnaldo é apresentado no romance como homem arredio, bom, simples e servidor, primeiro vaqueiro de uma fazenda, figura excepcional e misteriosa, com o pleno conhecimento e domínio da natureza, tendo hábito de dormir no alto de árvores na mata, cercado de animais selvagens, sabendo distinguí-los como ninguém.

O Cabeleira


 

Cabeleira é o apelido de José de Gomes, um dos primeiros cangaceiros de Pernambuco. José era naturalmente bom, mas foi ensinado pelo pai, Joaquim Gomes, a ser cruel. Junto com o pai e Teodósio, o traiçoeiro amigo, assim como vários outros comparsas, Cabeleira aterroriza a província de Pernambuco em 1776 (exatos 100 anos antes da publicação do romance). Mas quando ele reencontra Luísa, foge com ela e começa a se reformar, apesar de instintivamente ainda tentar se defender violentamente. Luísa acaba morrendo logo após a fuga, pois estava ferida, e Cabeleira é preso, fraco, faminto e desarmado, num canavial. José Gomes é executado junto com seus antigos comparsas apesar dos apelos da mãe de que a ele servia melhor a penitenciária pois estava reformado.
O romance acaba com o autor atacando a pena de morte. A obra inicial da "literatura do Norte" que o autor pretendia fazer, O Cabeleira começa o Regionalismo na nossa literatura e apresenta marcantes qualidades tanto do Romantismo quanto do Naturalismo. Cabeleira é um homem naturalmente bom (como acreditavam os românticos) que é corrompido pelo pai e pelo meio (característica dos naturalistas), age várias vezes por instinto (Naturalismo), mas reforma-se pelo todo-poderoso amor (Romantismo). As mulheres são todas boas (Romantismo), os homens reúnem defeitos e qualidades (Naturalismo) e o protagonista vive perseguido pelo conflito interno. (Uma tendência mais realista esta última; os realistas tinham preocupações sociais como o anteriormente referido ataque a pena de morte.)

O Garimpeiro



Romance "O Garimpeiro" inicia-se, na toada de Bernardo Guimarães, com a descrição de uma paisagem edênica. A natureza é sempre rica de árvores, pássaros, frutas, ribeirões, ares amenos, horizontes tranqüilos. Os personagens são introduzidos neste mundo sem maior delonga e imediatamente postos em ação. Sabemos onde estamos, sabemos o tempo de início dos acontecimentos, e conhecemos logo o Major, suas filhas e escravas. E também Elias, "aquele moço de Uberaba". Lúcia e Elias amam-se.

O episódio da cavalhada no capítulo segundo, página obrigatória de algumas antologias de há alguns anos, aparentemente serve apenas para a defesa dos costumes interioranos, a apresentação de um personagem estranho ao meio, o comerciante Azevedo, e melhor conhecimento do protagonista Elias e do Major.

O pai de Lúcia desencadeia a ação. Embora reconheça as qualidades de seu recomendado, o moço Elias, sobrepõe, a todos os méritos morais, físicos e intelectuais do jovem cavaleiro, o amor da fortuna. Elias é pobre e não poderá casar-se com Lúcia.

Azevedo é pretendente sem maiores possibilidades. O narrador, opondo Corte e Província, litoral e sertão, traça do fluminense um retrato digno dos peralvilhos da cidade. Depois, é sobrepujado por Leonel, o baiano de Sincorá, dono de mais dinheiro. A figura do Major é lamentável. Nem sequer tem nome. Tem um ofício. E, com o ofício, os pequenos preconceitos do tempo e das pequenas sociedades. Funciona à moda de um leiloeiro. A prenda em leilão é a filha. Quem oferecer o maior lance ficará com ela. Afastado Azevedo, restam Alias e Leonel.

O Tronco do Ipê



No romance regionalista O Tronco do Ipê, José de Alencar narra a história de um amor envolvido em mistérios, à sombra de um crime. A obra retrata também a decadência da região do café no Rio de Janeiro do século XIX. Traz como cenário o interior fluminense e trata da ascensão social de um rapaz pobre. 

Na obra, caracteristicamente de casa-grande aristocrática, com sinhás e mucamas, com ioiôs e negros velhos do tempo da escravidão, com barão, padre e até compadre - o romancista contrasta duas figuras brasileiras de meninas moças; Alice e Adélia com alguma coisa de "flor agreste, cheia de seiva, e habituada a se embalar ao sopro da brisa ou a beber a luz esplêndida do sol". Adélia com "certo ar de languidez, que se nota nas flores dos jardins, assim como nas moças criadas sob a atmosfera enervadora da cidade".

José de Alencar incluiu nesse romance um conto sobre a mãe-d'água, em que figura um palácio de ouro e de brilhantes no fundo do mar.

Enredo

A história tem como cenário a Fazenda Nossa Senhora do boqueirão, na zona da mata fluminense. 

Um velho tronco de ipê, outrora frondoso, representa a decadência da fazenda. Bem próximo, numa cabana, mora o negro Benedito, espécie de feiticeiro, que guarda o segredo da família. 

Mário, o personagem central, que viveu desde criança na fazenda, juntamente com a prima Alice, descobre que o pai da moça, Joaquim, é o assassino de seu pai. Desesperado, Mário tenta suicídio, pois não pode se casar com a filha de um assassino. Mas o negro Benedito o impede, contando-lhe o segredo: Joaquim não matou o pai de Mário. Ele foi tragado pelas águas do Boqueirão e está enterrado junto ao tronco do ipê. 

Mário reconcilia-se com a vida e casa-se com Alice.

Inocência

 


livro Inocência  (1872) de Visconde de Taunay é um romance construído a partir de impressões e lembranças da realidade natural e sócio-cultural do sertão mato-grossense. Além disso, analisa os valores comportamentais do sertanejo, fazendo com que esta obra, mesmo se tratando de uma história sentimental, apresente um “toque” naturalista, um realismo descritivo e um tom documental, fruto da experiência de Taunay como redator oficial do Diário do Exército.
O romance conta a história de amor impossível envolvendo Inocência, filha de Pereira, um mineiro rude, pequeno proprietário da região e Cirino, um aprendiz de farmacêutico que se autodenomina médico. O relacionamento dos dois é inviável porque Inocência é prometida a Manecão Doca, um rústico vaqueiro das redondezas e também porque o pai vive a vigiar a filha, para garantir-lhe a integridade até o casamento.
São poucos os personagens que aparecem nesta história. De um lado, a casa de Pereira, onde encontramos: ele, a filha, o anão (espécie de guardião de Inocência), o noivo “ausente”, um filho – apenas mencionado na história e mais dois personagens: Chiquinho, irmão de Pereira que se corresponde por carta com a família e Antônio Cesário, padrinho de Inocência.
Pereira é o centro da família de tipo patriarcal rural, possuidora de certa posse, personificando tipicamente, por assim dizer, os valores do homem rústico em suas relações com a família e os moradores da redondeza. O narrador chama-lhe “legítimo sertanejo, explorador dos desertos”. Homem nômade, instalou-se num retiro “perdido” no cerrado do sul do Mato Grosso.
A situação da mulher, no entanto, é bem adversa. A única educação que Inocência recebera foi com relação às tarefas domiciliares, “treinada” à obediência passiva em relação ao pai e depois ao marido escolhido por ele.
O nome Inocência revela traços da personalidade da moça: delicada beleza, aos olhos do apaixonado Cirino e do naturalista Meyer, encantado com todas as belezas naturais; natural inocência frente ao mundo civilizado, que vagamente imaginava em sua mente; inocência diante do amor, despertado por Cirino, com ousadas e desatinadas ardências, que em nada aparenta ser inocente.
Negociado o casamento, Manecão passa a ser admitido na intimidade da família, assumindo aos poucos os “encargos” de chefe familiar. É aí que aparecem Cirino e Meyer, gerando o conflito.
Cirino, auto-intitulado médico, instruiu-se no respeitado Colégio Caraça de Ouro Preto. Prático em farmácia, possuía um famoso Dicionário de Medicina Popular, um Chernoviz, referência ao autor do compêndio, espécie de “livro de cabeceira” para orientá-lo no tratamento das doenças populares do sertão.
Apesar de sua instrução, que o liga ao mundo urbano, suas origens e sua profissão mantêm-no ao mundo rural. Ele conhece e respeita os valores desse universo, embora discorde da postura de Pereira com relação à mulher.
Um componente que orienta a narrativa é o acaso. Foi por acaso que Pereira conhecera Cirino, na estrada, a caminho da vila de Sant’ana do Parnaíba, que por coincidência menciona a doença da filha e Cirino se prontifica a curá-la. Sem essas circunstâncias, não seria possível introduzi-lo na família. Nasce, a partir do encontro entre “médico e paciente”, a paixão mútua, impedida pelo comprometimento com Manecão.
Meyer também contribui para o desequilíbrio familiar por uma única razão: ele desconhece as rígidas normas de comportamento familiar do sertão, pois é um naturalista alemão, um homem urbano. Ele é recebido por Pereira, de posse de uma carta de seu irmão mais velho, recomendando-lhe que o recebesse como o próprio irmão. O conflito começa quando Meyer, ingenuamente, passa a elogiar a beleza de Inocência, em termos não adequados ao ambiente rústico do sertão. Essa diferença entre os valores europeus e os do meio rural brasileiro é decisiva para que Pereira sentisse ameaçada a integridade moral de Inocência, passando a vigiá-lo constantemente, abrindo caminho para o amor crescente de Cirino e Inocência.
onde vivem, pois estão em cheque a autoridade paterna e os direitos do noivo. Esses valores ainda resistem à nova forma de encarar o casamento, presente nos meios urbanos.
O desfecho do romance se encaminha para a eliminação do casal amoroso e da desarmonia gerada por ele. Inocência morre, mas é imortalizada, renascida, como nome de borboleta – Papillio Innocentia – pelo naturalista Meyer, libertando-se do sertão e integrada para o mundo da ciência.

Romances Regionalistas



O Gaúcho, de José de Alencar, é um romance narrado em terceira pessoa. Nesta obra, José de Alencar retrata o Brasil, principalmente os Pampas, focaliza ambientes brasileiros, afastados das riquezas. No capítulo II do livro I, podemos contemplar a paisagem do sul do Brasil: o gaúcho a cavalo correndo pelos pampas. Este romance, publicado em 1870, foi o primeiro da série com qual Alencar tentou um "retrato do Brasil", focalizando ambientes brasileiros afastados do bulício da corte.

Enredo

Conta a vida de um menino de 9 anos, Manuel Canho, que admirava muito seu pai, João Canho, grande conhecedor de cavalos. Presenciou o seu assassinato de forma covarde por Barreda. Manuel Canho jurou vingar-se e por muitos anos seguiu os passos do assassino. Seu pai morreu confundido por outra pessoa, que teria namorado a mulher de Barreda. Loureiro era o homem que deveria morrer. 

Loureiro, por sua vez, quando soube do ocorrido veio visitar a viúva de Jaoão Canho e apaixonou-se por ela e com ela se casou. O filho de João Canho, Manuel, nunca aceitou o Loureiro, que tentando montar no cavalo do defunto, este o matou, como se quisesse vingar seu dono.

Romance Regionalista

 


O Romance Regionalista é uma escola literária que surgiu em meados do século XIX no Brasil, os principais autores dos Romances regionalistas eram José de Alencar com O gaúcho (1870), O tronco do Ipê (1871), Til (1872) e O sertanejo (1876), Bernardo Guimarães com O Ermitão de Muquém (escrito em 1858 e publicado em 69), Visconde de Tunay com Inocência (1872) e Franklin Távora com O Cabeleira (1876).
As obras nacionalistas dos Romances Regionalistas buscavam retratar regiões do Brasil afastadas da capital, como o sertão nordestino e os Pampas gaúchos, descrevendo as paisagens e os costumes da população local.
Diferentemente de outros tipos de Romance, nos Romances Regionalistas o homem recebe destaque enquanto a mulher tem papel secundário, o gaúcho, o sertanejo. Os personagens são retratados de forma genérica, como retrato do povo que pertence.
Os Romances regionais eram publicados primeiramente em folhetins nos jornais e se fizessem sucesso eram organizados em um livro. Podemos observar que tanto nos Romances Indianistas quanto nos Romances Regionais a natureza tem grande importância e relação com os personagens do romance.




quarta-feira, 16 de maio de 2012

Novela Essas Mulheres - As mulheres de José de Alencar



Essas Mulheres é uma telenovela produzida pela Rede Record e exibida de 2 de maio22 de outubro de 2005, e apresentada no horário da 19h30.A novela se passa na cidade do Rio de Janeiro do século XIX.
Movimentando a trama estão três mulheres: AuréliaLúcia (que no início se chama Maria da Glória, adotando outro nome quando se torna cortesã), e Mila. Amigas, frequentam aulas de uma professora progressista que ensina francês e música à meninas da sociedade. Mila é rica, mas Aurélia e Maria da Glória têm as aulas pagas por caridade do banqueiro Artur Tavares do Amaral. Mas não demora muito para o destino separá-las. A vida das três toma rumos diferentes, mas elas continuam ligadas.
Essas Mulheres é baseada na obra do escritor brasileiro José de Alencar, reunindo personagens de três obras suas: SenhoraDiva eLucíola. Para reunir as três tramas, alterações foram feitas - como tornar Leocádia, tia da personagem da Mila em Diva, sua mãe, Firmina Mascarenhas de Senhora de dama de companhia de Aurélia Camargo em cafetina do bordel onde Lúcia de Lucíola trabalhava e cumplice de Manoel Lemos e Adelaide Amaral de Senhora de amiga de Aurélia Camargo na principal rival da protagonista e grande vilã da novela.

Senhora

É uma jovem muito pobre, que vive com a mãe e o irmão numa casa humilde, em Santa Teresa. Conhece Fernando Seixas em um baile, onde se apresenta junto às outras meninas alunas de D. Ordália. Logo os dois se apaixonam, porém, as dificuldades financeiras de Fernando falam mais alto e ele acaba deixando Aurélia para se tornar noivo de Adelaide Amaral, jovem rica e também apaixonada por ele. Após a morte de seu avô, Aurélia recebe uma grande fortuna e a usa para se casar com Fernando, não somente por amor, como ele achava, mas também como vingança. No decorrer da novela, o amor que existe entre os dois acaba superando o orgulho e a falsa felicidade que sustentavam como casal, perante a sociedade, se torna verdadeira.

[editar]Lucíola

  • Carla Regina - Lúcia Bicallo / Maria da Glória Assunção
É uma jovem que, por seu pai estar doente, é obrigada a renunciar a sua pureza, tornando-se, através de Cunha, uma prostituta de luxo. Com a misteriosa morte de outra cortesã, Lúcia Bicallo, ela acaba assumindo sua identidade, como forma de evitar que sua irmã, Ana, seja prejudicada pelo rumo que sua vida tomou. Assim, Lúcia se torna a cortesã mais famosa do Rio de Janeiro. Certo dia, enquanto passeia pela praia, conhece Paulo Silva, um futuro diplomata que se apaixona imediatamente por ela, assim como ela por ele. Porém esse amor é ameaçado pelo preconceito.

[editar]Diva

É filha de Duarte. Vive em conflito com a mãe, Leocádia, numa relação que esconde segredos familiares. Acaba apresentando transtornos mentais e é internada num hospício, onde conhece Augusto, por quem se apaixona e que a ajuda a libertar seus sentimentos através da pintura. Augusto por sua vez é vítima de uma trama e acaba por ir trabalhar na pedreira de Cunha.


segunda-feira, 14 de maio de 2012

A Viuvinha

 
  José de Alencar é um dos grandes representantes do romance urbano brasileiro. Sua produção literária inclui algumas obras primas. Entre elas, selecionou-se para estudo ?A Viuvinha?, publicada em 1860, pertence ao grupo dos romances humanos. É um romance curto, no qual o autor narra uma história de amor tendo como plano de fundo o cotidiano do Segundo Reinado. 

A narrativa relata a história de Jorge e Carolina. Ele, herdeiro de uma grande fortuna deixada pelo pai, alto comerciante, passa a gastá-la sem nenhuma preocupação. Neste meio tempo, conhece Carolina e abandona a vida boêmia. Ela é a típica jovem casadoira que, aos quinze anos, tem um namoro respeitoso, vigiado pela mãe, como ditava a sociedade da época. 

O casamento foi marcado, como mandam os bons costumes. Mas, às vésperas, Jorge recebe a visita do Sr. Almeida, amigo de seu pai, que o informa de sua real situação financeira é a de mais extrema pobreza. Desta forma não poderia dar uma vida confortável à Carolina e o casal não seria bem aceito socialmente. Mas o cancelamento do casamento poderia macular a honra de Carolina e a sua própria honra. Além de ser Carolina o amor da vida de Jorge. 

Jorge encontra uma suposta solução para o problema, que inicialmente não é revelado ao leitor. Ele deixa com que os procedimentos do casamento continuem. Casa-se e na noite de núpcias, após adormecer a esposa com ópio, foge pela janela para suicidar-se nas obras da Santa casa, local onde muitos desesperados tiravam a própria vida. 

A narrativa nos faz acompanhar Jorge e um vulto que o segue. Há um salto na história que nos faz chegar ao ponto em que um cadáver é encontrado com os sinais e características de Jorge, mas com o rosto desfigurado. O que comprovaria sua identidade estava em uma carta assinada por Jorge ao lado do corpo. 

Assim, Carolina sepulta seu amado. Ela se encerra em vestes negras em luto. Nunca mais se casaria. 

Passados cinco anos, Carolina permanece vestida de negro e se tornaria uma coquette. Ouviria galanteios de outros homens, mas se mantinha fiel a seu amado. Ficaria conhecida como a ?viuvinha?. 

Após os cinco anos, a história nos mostra a chegada de Carlos Freeland ao Rio de Janeiro. Um homem misterioso que aparenta riqueza e paga determinadas dívidas de honra. Paralelamente, inicia um flerte com Carolina, sem que ela o reconheça. Um conflito se inicia no coração de Carolina, pois ela deve fidelidade a seu marido morto. 

A verdadeira identidade deste homem é revelada quanto este recebe a visita do Sr. Almeida. Assim, nos é revelado que Carlos é, na verdade, Jorge. 

O flerte com Carolina continua e um encontro é marcado. Ela está decidida a encontra-lo, mas para romper com aquela situação. Ao perceber que aquele homem era Jorge, entrega-se a seu amo. Revela-se, então, para a sociedade que Jorge está vivo. Para evitar a curiosidade das pessoas, o casal foi morar em uma fazenda. Revela-se, então, que o narrador era seu vizinho.

Lucíola

 Lucíola na novela Essas Mulheres


Lucíola é o quinto romance de Alencar e o primeiro da trilogia que ele denominou de "perfis de mulheres" (Lucíola, Diva e Senhora). Situa-se entre seus romances urbanos que representam um levantamento da nossa vida burguesa do século passado mais considerável do que o levado a efeito por Machado de Assis.
         O Alencar das mocinhas, gracioso, às vezes pelintra, outras, quase trágico, criador de mulheres cândidas e de moços impecavelmente bons, que dançam aos olhos do leitor uma branda quadrilha, ao compasso do dever e da consciência, mais fortes que a paixão. As regras  desse jogo bem conduzido exigem inicialmente um obstáculo, que ameace a união dos namorados, sem contudo destruí-la. Todavia, há pelo menos um terceiro Alencar, o que se poderia chamar dos adultos, formado por uma série de elementos pouco heróicos e pouco elegantes, mas detonadores dum senso artístico e humano que dá contorno aquilino a alguns dos seus perfis de homem e de mulher. Este Alencar, difuso pelos outros livros, se contém mais visivelmente em Senhora e, sobretudo, LUCÍOLA, únicos livros, em que a mulher e o homem se defrontam num plano de igualdade, dotados de peso específico e capaz daquele amadurecimento interior inexistente nos outros bonecos e bonecas." (in Formação da Literatura Brasileira, 4ª ed., São Paulo, Martins, 1971, 2º vol. P.222).
        O AMOR DE LÚCIA E PAULO
        LUCÍOLA, publicado em 1862, é um romance de amor bem ao sabor do Romantismo, muito embora uma ou outra manifestação do estilo Realista aí se faça presente. Trata-se de um romance de "primeira pessoa", ou seja, o narrador da história é um personagem importante da mesma, Paulo Silva. E ele a narra em cartas dirigidas a uma senhora, G. M. (pseudônimo de Alencar), que as publica em livro com o título de LUCÍOLA.
        Paulo Silva, o personagem-narrador, é um rapaz de 25 anos, pernambucano, recém-chegado ao Rio de Janeiro, em 1855, com a intenção de aí se estabelecer.
        No dia mesmo de sua chegada à corte (Rio de Janeiro), após o jantar, sai em companhia de um amigo para conhecer a cidade. Na rua das Mangueiras vê passar em um carro uma jovem muito bela. Um imprevisto faz parar o carro, dando a Paulo a oportunidade de repará-la melhor. Dia após, em companhia de outro amigo, o Dr. Sá, Paulo participa da festa de N. Senhora da Glória, quando lhe aparece a linda moça. Informando-se do amigo, fica sabendo tratar-se de Lúcia, a prostituta mais bela, requintada e disputada da cidade. Mas ele se impressiona com a "expressão cândida do rosto e a graciosa modéstia do gesto, ainda mesmo quando os lábios dessa mulher revelam a cortesã franca e impudente." 

A Moreninha

  

I- O Autor:

Nasceu em Itaboraí [RJ], em 1820. Fez o curso de Medicina e, no m,esmo ano de sua formatura, 1844, publicou A Moreninha, muito apreciado pelo público da época. Foi jornalista, professor secundário, dramaturgo e romancista, obtendo destaque literário com este último gênero. Fundou, em 1849, a 'Revista Guanabara', juntamente com Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre. Morreu no Rio de Janeiro, em 1882.

II- Obra:

O dia de Sant'Ana se aproxima e o estudante de medicina, Filipe, convida seus colegas: Leopoldo, Fabrício e Augusto para a comemoração na ilha, onde mora sua avó, D.Ana, de 60 anos. Os alegres estudantes aceitam o convite com entusiasmo, exceto Augusto. Filipe, para atraí-lo à ilha, faz referência ao baile de domingo, em que estarão presentes suas primas: a pálida, Joana, de 17 anos, Joaquina, loira de 16 e sua irmã, D.Carolina, uma moreninha de 15.

Augusto acaba concordando, mas adverte sobre sua inconstância no amor, dizendo jamais se ocupar de uma mesma moça durante 15 dias. Os rapazes apostam que o amigo ficará apaixonado durante 15 dias por uma única mulher. Se isso ocorrer, terá de escrever um romance, caso contrário, Filipe o escreverá, narrando a inconstância.

Antes da partida, Fabrício envia uma carta a Augusto, pedindo-lhe ajuda para se livrar da namorada, a prima feia e pálida de Filipe, Joana. Durante a estadia, Augusto deve persegui-la e, Fabrício, fingindo ciúmes, termina o romance. Ao se encontrarem na ilha, o colega nega o auxílio e, à hora do jantar, Fabrício torna pública a inconstância amorosa do amigo.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Contos de Terror


Trabalhamos em sala de aula ... Veja algumas das melhores redações do 2o ano da Escola Eloy Pereira:

                                Sangue puro


[...] À medida que o vão [da porta] foi se alargando, divisei uma figura escura, envolta em sombras, em minha soleira, e o rosto pálido que me fitava. As feições eram humanas, mas os olhos não.
Foi assim que pela primeira vez fiquei frente a frente com um Original. Sanguinários e sem escrúpulos, esses vampiros sugam seu sangue ate a morte.
Já se passavam das 23:00hr em Nova Orleans , o vento soprava forte e frio sobre as janelas ,meus olhos continuavam fixos a figura em minha frente, que também me olhava com um certo desejo. O medo tomou conta de mim ao ver a bela face de feições humanas e olhos sombrios, que atendia pelo nome de Will Charlie, havia me jogado com certa força na parede úmida do quarto escuro, me segurando pelo pescoço. Seus dentes se mostraram afiados e brilhantes, os olhos tomaram uma cor avermelhada como sangue, à pele gélida e sem vida expos meu pescoço pálido, causando um pequeno desconforto.
Will cravou seus dentes em meu pescoço, meus gritos de dor ecoavam pela casa, dor infernal essa que se tornava mais forte a cada movimento feito por Will. Por um momento senti minhas pernas fraquejarem e acabei desmaiando.
Ao acordar percebi um par de ônix que me fitavam ,seus olhos tomaram tonalidade original .Will ,por sua vez se aproximou de mim com um punhal nas mãos ,o medo tomou conta de mim novamente .Will mordeu o pulso e me fez beber seu sangue ,me apunhalando depois pelas costas.
No dia seguinte quando acordei, lá estava Will esperando de pé com uma taça de sangue nas mãos, depois de me obrigar a bebê-la, esperou pela transformação, que ao ser concluída me faria uma “sangue puro”.

Alice Cardoso de Souza 

 [...] A medida que o vão [ da porta ] foi se alargando, divisei uma figura escura, envolta em sombras, em minha soleira, e um rosto pálido que me fitava. As feições eram humanas, mas os olhos não.

Sentada em minha cadeira, extremamente amedrontada, fiquei observando aquela criatura a minha frente. Era alto e magro. Cabelos negros e ensebados.

Ficamos nos olhando por um tempo, e eu, incapaz de me pronunciar, tomada pela visão daquela figura horrenda, somente escutava o barulho da chuva forte que caia no lado de fora do antigo casarão e do vento cortante que soprava nas cortinas empoeiradas.

De repente, ele começou a se mover, lentamente, em minha direção. O piso de madeira começou a range, e foi ai que me despertei do transe. Horrorizada, subi correndo as velhas escadas e me tranquei no primeiro cômodo que encontrei.

No quarto escuro, eu só pensava nos olhos daquele ser. Eram olhos tomados por uma única cor: um amarelo forte e vibrante, cheios de crueldade, que eu sabia ser destinado a mim.

Novamente ouvi um ranger, porém desta vez, eram as escadas e, de repente, a grande porta do quarto se abriu escancaradamente. E assim, lá estávamos outras vez, eu de frente para a sombria criatura.

O antigo relógio badalou meia-noite, ouvi o tintilar de uma faca e em poucos segundos, vislumbrei uma lâmina dourada se aproximando de mim e então todo se tornou um mar de escuridão.

Luana Araújo

2° ano turmalina

terça-feira, 8 de maio de 2012

A Escolha - Nicholas Sparks


A Escolha: Até Onde Devemos Ir em Nome do Amor? 

Travis Parker possui tudo o que um homem poderia ter: a profissão que desejava, amigos leais, e uma linda casa beira-mar na pequena cidade de Beaufort, Carolina do Norte. Com uma vida boa, seus relacionamentos amorosos são apenas passageiros e para ele, isso é o suficiente... até o dia em que sua nova vizinha, Gabby, aparece na porta! 

Apesar de suas tentativas de ser gentil, a ruiva atraente parece ter raiva dele. Ainda sim, Travis não consegue evitar se engraçar com Gabby e seus esforços persistentes o levam a uma jornada que ninguém poderia prever. Abrangendo os anos agitados do primeiro amor, casamento e família, A Escolha: Até Onde Devemos Ir em Nome do Amor? nos faz confrontar a questão mais cruel de todas: Até onde você iria manter o amor de sua vida?