sábado, 26 de maio de 2012

O Sertanejo

  

O Sertanejo, romance da fase regionalista (ou sertanista) de José de Alencar, publicado em 1875, põe em cena o interior nordestino do século XVIII, onde se desenrola a trajetória repleta de heroísmo de Arnaldo, vaqueiro cearense, homem do campo, simples, mas bravo lutador que tudo enfrenta por amor e por seus ideais. Os dias e os trabalhos do vaqueiro traçam um painel do Nordeste do Brasil.

A obra apresenta uma prosa com personagens característicos do sertão. Onde o personagem-narrador é Severino, que ao longo do texto tenta se definir, mas com tudo o que fala não consegue, por isso Severino passa a ser como uma figura genérica, ou seja, passa a ser a característica do povo sofrido pelas difilculdades como a fome,sede e miséria.

É um dos romances bastantes brasileiros em que Alencar dá expansão ao seu gênero de pincelador retratando com belas e radiantes cores a paisagem do sertão. Traça todo um complexo de características geográficas e culturais, registrando o típico de nossa sociedade rural, desde o comportamento individual e as relações domésticas, até o registro do folclore. 

O Sertanejo é o último romance que Alencar publicou em vida. É uma espécie de síntese de suas características literárias. Seu personagem central é Arnaldo Loureiro, destemido vaqueiro a serviço capitão-mor, Arnaldo Campelo, que enfrenta os mais sérios riscos na esperança de constar a simpatia da filha do fazendeiro.

Arnaldo é apresentado no romance como homem arredio, bom, simples e servidor, primeiro vaqueiro de uma fazenda, figura excepcional e misteriosa, com o pleno conhecimento e domínio da natureza, tendo hábito de dormir no alto de árvores na mata, cercado de animais selvagens, sabendo distinguí-los como ninguém.

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