quarta-feira, 29 de maio de 2013

Cinco Minutos

  

Cinco Minutos faz parte da fase urbana do escritor. Contado sob a forma de uma carta do jovem à sua prima, este livro é um exemplo clássico do Romantismo ao mostrar um amor puro, casto, duradouro e curativo, sentido por duas almas gêmeas perfeitas, com o destino interpondo-se no caminho e resolvendo-se no final. Cinco Minutos conta a história do casamento do autor com Carlota. No entanto, para o leitor, parece que está escutando uma história que não é para ele, já que Alencar dirige seu texto a uma prima. O leitor aqui é uma terceira pessoa, um "voyer" que fica entre José de Alencar e sua prima. Ao mesmo tempo em que tenta levar o leitor a pensar que tudo é imaginário e faz parte das fantasias do autor, José de Alencar faz questão de narrar fatos verídicos da época, acontecimentos reais que marcaram o Rio de Janeiro no início do século. É tão minucioso nesse aspecto que até narra datas e horários etc. 

A obra fala sobre a vida burguesa. Suas personagens são personagens que, no fundo, representam o ideal acabado da vida burguesa, tropicalmente reproduzida na Corte brasileira. O narrador-personagem está disponível, da primeira à última página, para satisfazer a todos os caprichos de sua imaginação. Sem compromisso profissional algum, o aspecto financeiro de suas peregrinações atrás de Carlota não chegam jamais a preocupá-lo.

Enredo

Cinco minutos foi o tempo que o rapaz se atrasou; quando tomou o ônibus atrasado, conheceu uma estranha e se apaixonou. Após muito procurar pela voz misteriosa (não conseguiu ver seu rosto), conseguiu apenas a resposta de que não poderiam se juntar pela própria moça. Ela viaja, ele a segue, eles se encontram, se declaram e ele parte para achar uma carta dela. 

Senhora



Enquanto romance urbano, anterior ao advento do Realismo em nossa literatura, "Senhora" é fundamentalmente uma crônica de costumes, um retrato da Corte ou da sociedade fluminense na segunda metade do século 19. Ou seja, o texto focaliza a época em que o próprio escritor viveu. Nesse sentido, é muito apropriado o comentário do crítico Alfredo Bosi sobre os romances urbanos do autor:

"Alencar, cioso da própria liberdade, navega feliz nas águas do remoto e do longínquo. É sempre com menoscabo ou surda irritação que olha o presente, o progresso, 'a vida em sociedade'; e quando se detém no juízo da civilização, é para deplorar a pouquidade das relações cortesãs, sujeitas ao Moloc do dinheiro. Daí o mordente de suas melhores páginas dedicadas aos costumes burgueses em 'Senhora' e 'Lucíola'".

Em outras palavras, Alencar critica a sociedade que lhe é contemporânea, não a partir da perspectiva de uma transformação futura, mas na da nostalgia de um passado que só na ficção pode reviver plenamente. De qualquer modo, é em "Senhora" e "Lucíola" que atinge o ponto alto em termos de crítica social e procura se aprofundar na psicologia das personagens femininas, traçando o que se convencionou chamar de seus "perfis de mulher".

De qualquer modo, publicado em 1875, "Senhora" traz características inequivocamente românticas, como se pode ver pelo núcleo de seu enredo, simples, atrelado aos esquematismos dos dramas de amor do Romantismo: Aurélia Camargo, filha de uma pobre costureira, apaixonou-se por Fernando Seixas, a quem namorou. Este, porém, desfez a relação, movido pela vontade se casar com uma moça rica, Adelaide Amaral.

Passado algum tempo, Aurélia, já órfã, recebe uma grande herança do avô e ascende na escala social. Ainda ressentida com o antigo namorado, resolve vingar-se dele. Sabendo que Fernando, ainda solteiro, andava em dificuldades financeiras, resolve comprá-lo para marido. Na época, o Segundo Reinado, vigora o regime de casamento dotal, em que o pai da noiva (ou, no caso, ela mesma) deveria dar um dote ao futuro marido.

Assim, através de um procurador, Fernando recebe uma proposta de casamento e a aceita sem saber exatamente com quem se casará - interessa-lhe apenas o dinheiro, cem contos de réis, que vai receber por isso. Ao descobrir que sua noiva é Aurélia, Fernando se sente um felizardo, pois, na verdade, nunca deixara de amá-la. E abre seu coração para ela. 

Romance Urbano


romantismo urbano, também conhecido como romance de costumes ficou marcado por tentar retratar e criticar os costumes da sociedade carioca em 1830 do século XIX. Teve como primeira obra O filho do pescador, de 1843, Teixeira e Souza, no entanto, seu valor é apenas histórico, a obra de maior valor dessa tendência romântica foi A moreninha de Joaquim Manuel de Macedo. Outro autor de destaque foi José de Alencar com os romances Senhora, Lucíola e Diva, e Memórias de um Sargento de Milícias. Os romances urbanos criam um público leitor ávido e fiel. O romance urbano também conhecido como romance de costumes tem como principal característica a preocupação na ilustração de paixões, comportamento e interesses da classe social da época em foco. Os romances urbanos se caracterizam também pela presença do herói e da heroína, que apaixonados precisam quase sempre superar obstáculos para viverem felizes. Outra principal característica é que trouxeram uma nova forma de entretenimento a leitura de romances estrangeiros.

O Guarani

O Guarani, de José de Alencar



Análise da obra

O Guarani - A epopéia da formação da nacionalidade

Escrito originalmente em folhetim, entre fevereiro e abril de 1857, com 54 capítulos, O Guarani teve tal êxito na edição folhetinesca que, antes do fim do ano de 1857, foi publicado em livro, com alterações mínimas em relação ao que fora publicado em jornal.

Mantiveram-se as quatro parte originais: Os Aventureiros, Peri, Os Aimorés e A Catástrofe, com os capítulos dispostos como saíram do folhetim.

O romance se compõe, em grande parte, de personagens e episódios, mas as imagens permanecem na memória e amarram os fios mais importantes da narrativa. São imagens poderosas, que se impõem sobretudo por seu caráter plástico. Por isso, a crítica distingue em Alencar um grande escritor, um grande artista da palavra, mas não compartilha do mesmo entusiasmo quando se refere aos seus enredos, à carpintaria da narrativa, algumas vezes falha (os conhecidos "cochilos" do escritor), e quase sempre previsível quanto às ações das personagens, lineares ou planas.

A narrativa de O Guarani é simples, mas não simplista. Trabalhando habilidosamente as possibilidades e contradições do romance romântico, vale-se com muita liberdade da trama novelesca, da coloração épica, do devaneio lírico, da anotação histórica da efabulação mítica e lendária, do ímpeto ideológico nacionalista e de elevada carga simbólica, tudo isso revestido de uma profusão de luzes e cores que invade a pupila do leitor, como se ele estivesse assistindo a um espetáculo grandioso, povoado pelas forças da natureza e por titãs, absorto pela beleza da cena, mais do que pelos pormenores da intriga.
Para ler mais visite http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/o/o_guarani

Você também pode ver o filme

domingo, 19 de maio de 2013

Um bom partido - Vi e recomendo

Um Bom Partido
Hoje assisti a esse filme e gostei. O filme fala de um ex jogador de futebol que levava uma vida de playboy e no saudosismo de um passado glorioso. Ele muda-se para próximo do filho que há muito estava distante e no decorrer do filme vai descobrindo o que realmente é importante na vida como uma família..... Veja a sinopse:
 Quando George (Gerard Butler) recebe uma segunda chance para se aproximar de seu filho Lewis (Noah Lomax) ele percebe o quanto esteve ausente devido a sua carreira. Agora ele tentará reconstruir sua vida mas para isso precisa reconquistar sua ex -mulher Stacey (Jessica Biel) e mostrar que ele é de fato um bom partido.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Somos tão jovens - Filme em cartaz

Somos tão Jovens
O filme conta a emocionante e desafiadora história da transformação de Renato Manfredini Jr. no mito Renato Russo, revelando como um rapaz de Brasília, no final da ditadura, criou canções como `Que País é Este´, `Música Urbana´, `Geração Coca-Cola´, `Eduardo e Mônica´e `Faroeste Caboclo´, verdadeiros hinos da juventude urbana dos anos 80 que continuam a ser cultuadas geração após geração por uma crescente legião de jovens fãs.