"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"
Fernando Antônio Nogueira Pessoa foi um dos mais importantes escritores e poetas do modernismo em
Portugal. Nasceu em 13 de junho de 1888 na cidade de
Lisboa (Portugal) e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1935.Fernando Pessoa foi morar, ainda na infância, na cidade de
Durban (África do
Sul), onde seu pai tornou-se cônsul. Neste país teve contato com a língua e literatura inglesa.
Adulto, Fernando Pessoa trabalhou como tradutor técnico, publicando seus primeiro
poemas em inglês.
Em 1905, retornou sozinho para Lisboa e, no ano seguinte, matriculou-se no Curso Superior de
Letras. Porém, abandou o curso um ano depois.
Pessoa passou a ter contato mais efetivo com a literatura portuguesa, principalmente Padre Antônio Vieira e Cesário Verde. Foi também influenciado pelos estudos filosóficos de Nietzsche e Schopenhauer. Recebeu também influências do simbolismo francês.
Pessoa passou a ter contato mais efetivo com a literatura portuguesa, principalmente Padre Antônio Vieira e Cesário Verde. Foi também influenciado pelos estudos filosóficos de Nietzsche e Schopenhauer. Recebeu também influências do simbolismo francês.
Em 1912, começou suas atividade como ensaísta e crítico literário, na revista Águia.
A
saúde do poeta português começou a apresentar complicações em 1935.
Neste ano foi hospitalizado com cólica hepática, provavelmente causada
pelo consumo excessivo de bebida alcoólica. Sua morte prematura, aos 47
anos, provavelmente aconteceu em função destes problemas, pois
apresentou cirrose hepática.
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
(Fernando Pessoa)
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
(Fernando Pessoa)
O ortônimo e os heterônimos de Fernando Pessoa
Fernando
Pessoa usou em suas obras diversas autorias. Usou seu próprio nome
(ortônimo) para assinar várias obras e pseudônimos (heterônimos) para
assinar outras. Os heterônimos de Fernando Pessoa tinham personalidade
própria e características literárias diferenciadas. São eles:
Álvaro de
Campos
Era um engenheiro português de educação inglesa. Influenciado pelo simbolismo e futurismo, apresentava um certo niilismo em suas obras.
Era um engenheiro português de educação inglesa. Influenciado pelo simbolismo e futurismo, apresentava um certo niilismo em suas obras.
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(Álvaro de Campos)
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(Álvaro de Campos)
Ricardo Reis
Era um médico que escrevia suas obras com simetria e harmonia. O bucolismo estava presente em suas poesias. Era um defensor da monarquia e demonstrava grande interesse pela cultura latina.
Era um médico que escrevia suas obras com simetria e harmonia. O bucolismo estava presente em suas poesias. Era um defensor da monarquia e demonstrava grande interesse pela cultura latina.
Nada fica de nada.
Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.
(Ricardo Reis)
Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.
(Ricardo Reis)
Alberto Caeiro
Com uma formação educacional simples (apenas o primário), este heterônimo fazia poesias de forma simples, direta e concreta. Suas obras estão reunidas em Poemas Completos de Alberto Caeiro.
Com uma formação educacional simples (apenas o primário), este heterônimo fazia poesias de forma simples, direta e concreta. Suas obras estão reunidas em Poemas Completos de Alberto Caeiro.
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos…
Se falo na natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar…
(Alberto Caieiro)
Se falo na natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar…
(Alberto Caieiro)
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