Introdução
No Brasil vive gente do mundo inteiro.
Vivemos uma pluralidade cultural e devemos assumir a riqueza
dos diferentes modos de ser brasileiro.
Quando diferentes povos entram em contato influenciam-se
reciprocamente e um aprende com o outro.
Nem sempre diferentes culturas convivem de forma harmoniosa. As
várias culturas que se cruzaram no Brasil se enriqueceram mutuamente: índios,
italianos, japoneses, judeus, africanos, alemães enfim várias etnias e
nacionalidades que hoje habitam o território brasileiro contribuíram para
formação de nossos comportamentos, nossos valores, nosso modo de ser.
Nós e os outros nos
transporta para diferentes culturas, nos tornando, a um só tempo, mais
brasileiros e mais brasileiros e mais universais, porque muito mais humanos.
O Gênero do livro
O conto é um texto narrativo centrado em um
relato referente a um fato ou determinado acontecimento. Sendo que este pode
ser real, como é o caso de uma notícia jornalística, um evento esportivo,
dentre outros. Podendo também ser fictício, ou seja, algo resultante de uma
invenção.
Perfaz-se de todos os elementos que compõem a narrativa, ou
seja, tempo, espaço, poucos personagens, foco narrativo de 1ª ou 3ª pessoa,
corroborando em uma sequência de fatos que constituem o enredo, também chamado
de trama.
E um dos fatores de total relevância, é que o enredo apresenta-se de forma condensada e sintética, centrado em um único conflito. Tal característica tende a criar o que chamamos de unidade de impressão, elemento que norteia toda a narrativa, criando um efeito no próprio leitor, manifestado pela admiração, espanto, medo, desconcerto, surpresa, entre outros
E um dos fatores de total relevância, é que o enredo apresenta-se de forma condensada e sintética, centrado em um único conflito. Tal característica tende a criar o que chamamos de unidade de impressão, elemento que norteia toda a narrativa, criando um efeito no próprio leitor, manifestado pela admiração, espanto, medo, desconcerto, surpresa, entre outros
Estrutura
O livro contém 12 contos:
Marabá
– Gonçalves Dias
O
índio – Edson Rodrigues dos Passos
O
mundo novo do novo mundo – Ilka Brunhilde Laurito
O
inferno – Graciliano Ramos
O
homem que sabia javanês – Lima Barreto
O
hóspede estrangeiro – Paulo Coelho
Quarto
de despejo – Carolina Maria de Jesus
A
festa da moça-nova – Índios Ticuna
Vida
nova – Pepetela
O
jardineiro Timóteo – Monteiro Lobato
A
piedosa Teresa – Âlcantara Machado
Addarsu
al awalu – Yanna Hadatty Mora
Gonçalves Dias
Aluno de Direito em Coimbra a partir de 1840, Gonçalves Dias
foi colega dos principais escritores da primeira fase do Romantismoportuguês.
Inspirado por essa convivência e a saudade da pátria, escreveu a "Canção
do Exílio" - poema que se tornou tão célebre que alguns de seus versos são
citados no Hino Nacional brasileiro.
Orgulhoso do fato de ser descendente de brancos, índios e negros, seu pai era o
comerciante português João Manuel Gonçalves Dias, e a mãe, Vicência Ferreira,
mestiça.
Marabá
Significa mestiço de francês com índia.
O poeta se faz porta voz de uma índia marginalizada por seu
povo.
Discute o problema da discriminação que ocorria naquela
época e também nos dias atuais – o desrespeito pela diferença que gera
preconceitos e traz sofrimentos e solidão a tantas pessoas.
Edson Rodrigues dos Passos
Nascido em Ibotirama na Bahia, criado em São Paulo , é advogado
e professor de história da rede pública estadual paulista.Teve seu conto
premiado no concurso literário “O professor escreve a história” em 1997.
O índio
História que pode ter acontecido em qualquer escola de nosso
país que várias culturas e etnias se cruzam nos corredores e tornam-se alvo de
curiosidade e preconceito.
O desrespeito pela cultura alheia pode ser superado pela
percepção da grande mobilidade do universo cultural brasileiro
Ilka Brunhilde Laurito
Poeta paulistana, foi durante muito tempo professora de
literatura.
Formada em letras pela USP, Ilka trabalhou no magistério
secundário e superior e vem publicando, além de poesia, contos, crônicas e
ficção infanto-juvenil.
O mundo novo do novo mundo
Retirado
do livro A menina que fez a América
Vemos
pelos olhos da italianinha a chegada à nova terra, que será sua daí para
frente: a natureza, a cidade, as pessoas... Tudo tão diferente da pequena
aldeia natal.
Junto
com a protagonista vivenciamos a saudade do que ficou para trás e o medo do
desconhecido e de viver num país com outras culturas, outra paisagem e outros
tipos humanos.
Graciliano Ramos
Graciliano
Ramos nasceu em 1892, em Quebrângulo, Alagoas Em 1914 foi ao Rio de
Janeiro, onde pôde intensificar sua carreira jornalística.
Foi
preso pela ditadura Vargas, sofrendo horrendas humilhações – experiências
reveladas em sua obra “Memórias do Cárcere”.
A
segunda fase modernista, também chamada de geração de 1930 (prosa) consolidou
ainda mais as ideias promulgadas pela primeira fase. Tal geração abordou as
causas sociais de forma veemente, como uma espécie de denúncia, de crítica
social, frente à realidade social brasileira, tendo a seca nordestina como
alvo.
O Inferno
Faz
parte do livro Infância (1945) narra episódios de sua vida
Personagem:
um menino nordestino
Um
diálogo entre um menino e sua mãe
A
tensão e o desencontro são visíveis e dolorosos
A
cultura adulta e a infantil se enfrentam
Mãe
– teme perguntas tabus
Filho
– mundo da curiosidade
Perguntas
inconvenientes e palavras proibidas
Mundo
em que a linguagem serve mais para encobrir do que para revelar, gerando
desentendimentos e violência.
Lima Barreto
Lima Barreto (1881-1922) foi escritor e jornalista
brasileiro. Filho de pais pobres e mestiços sofreu esse preconceito em toda sua
vida. Logo cedo ficou órfão de mãe. Estudou no Colégio Pedro II e ingressou na
Escola Politécnica, no curso de Engenharia. Seu pai enlouquece e é internado,
obrigando Lima Barreto a abandonar o curso de Engenharia. Para sustentar a
família, empregou-se na Secretaria de Guerra e ao mesmo tempo, escrevia para
vários jornais do Rio de Janeiro. Ao produzir uma literatura inteiramente
desvinculada dos padrões e do gosto vigente, recebe severas críticas dos letrados
tradicionais. Explora em suas obras, as injustiças sociais e as dificuldades
das primeiras décadaA obra prima de Lima Barreto, não perturbada pela
caricatura, foi "Triste Fim de Policarpo Quaresmas da República.
O homem que sabia javanês
A questão de conhecer, não conhecer ou fingir que conhece
línguas estrangeiras está no centro do enredo.
Línguas estrangeiras desconhecidas exercem fascínio sobre as
pessoas por guardar segredos e mistérios das culturas a que pertencem
Paulo Coelho
Nascido no Rio de Janeiro em 1947 é um escritor brasileiro
muito conhecido dentro e fora do Brasil. Sua carreira literária começou com
suas experiências com outras linguagens artísticas como o teatro e música.
Escreveu letras de músicas para Raul Seixas e Elis Regina.
O Hóspede estrangeiro
O
misticismo transformado em literatura
Faz
parte do romance O Monte Cinco 1996
Conta
uma história de fundo bíblico: um israelense Elias , por razões
político-religiosas vive fora de sua pátria, exilado na Fenícia onde passa por
diferentes e severas provações
Ensina
a sabedoria das culturas ao garantir respeito ao estrangeiro, exprimem o
caráter universalmente humano de homens e mulheres independentemente de sua
nação de origem e do lugar que vivem
Carolina Maria de Jesus nasceu a 14 de Março de 1914 em
Sacramento, estado de Minas Gerais, cidade onde viveu sua infância e adolescência. Foi filha de negros que, provavelmente,
migraram do Desemboque para Sacramento quando da mudança da economia da
extração de ouro para as atividades agro-pecuárias.
Mesmo
diante todas as mazelas, perdas e discriminações que sofreu em Sacramento, por
ser negra e pobre, Carolina revela através de sua escritura a importância do
testemunho como meio de denúncia sócio-política de uma cultura hegemônica que
exclui aqueles que lhe são alteridade.
A
obra mais conhecida, com tiragem inicial de dez mil exemplares esgotados na
primeira semana, e traduzida em 13 idiomas nos últimos 35 anos é Quarto
de Despejo
Quarto de despejo
A
cultura popular urbana
Linguagem
popular poeticamente nos transporta para o universo da autora e de sua gente.
Página
de seu diário testemunha a luta de uma mulher que cata papel nas ruas de São
Paulo para sobreviver e criar os filhos.
Apesar
das dificuldades procura preservar suas crenças e sua dignidade de ser humano.
Nos
dá uma lição de vida
Índios Ticuna
O
livro das árvores
Escrito
por professores pertencentes a nação indígena
Focaliza diferentes aspectos da vida indígena, seu cotidiano
e suas crenças
A festa da moça-nova
Quando
meninas viram mulheres
Contribui para que a memória dos índios seja registrada
Pepetela
Um dos maiores nomes da literatura angolana, Artur
Carlos Maurício Pestana dos Santos, mais conhecido comoPepetela,
nasceu no dia 29 de outubro de 1941 em Angola, na região litorânea de
Benguela. Sua família tinha raízes fincadas entre os colonos deste país da
África, porém seus pais já eram angolanos de nascimento.
Vida Nova
Cultura
africana
Livro As aventuras de Ngunga
Menino
de 10 anos cujos pais morreram na Guerra da Independência tem um visão crítica
bastante precoce
A
descoberta do amor o faz avaliar os costumes de sua terra.
Reflete
sobre as maneiras de tornar o mundo em que vive mais justo e mais humano.
Monteiro Lobato
Contista,
ensaísta e tradutor, este grande nome da literatura brasileira nasceu
na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em
Direito, atuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber
herança deixada pelo avô. Diante de um novo estilo de vida, Lobato
passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que,
posteriormente, reuniu uma série deles em Urupês, obra prima deste famoso
escritor.
Em
uma época em que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa,
Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no
Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e
infantis.
O Jardineiro Timóteo
Denuncia
os contrastes e desigualdades da sociedade brasileira republicana.
Mostra
um Brasil rural no vale do Paraíba com todos os seus desrespeitos ao caboclo
Velho
e Novo
Alcântara Machado
Antônio
Castilho de Alcântara Machado d’Oliveira nasceu em 25 de maio de 1901, em São
Paulo (SP). Nesta cidade, formou-se na faculdade de Direito, durante a qual
publicou sua primeira crítica literária para o “Jornal do Comércio”. Após esse
fato, passou a colaborar para este jornal até tornar-se redator-chefe.
Formou-se,
mas não chegou a exercer a profissão porque estava atrelado à carreira
jornalística.
Os movimentos modernistas na literatura começavam a se despontar com a “Semana de Arte Moderna”, da qual o escritor não participou. Contudo, depois de tornar-se amigo de Oswald de Andrade, adere ao movimento que o tornou um dos nomes mais significativos da prosa da Geração de 22.
Os movimentos modernistas na literatura começavam a se despontar com a “Semana de Arte Moderna”, da qual o escritor não participou. Contudo, depois de tornar-se amigo de Oswald de Andrade, adere ao movimento que o tornou um dos nomes mais significativos da prosa da Geração de 22.
A piedosa Teresa
Livro
Novelas Paulistanas
Festa
religiosa tipicamente brasileira
Pessoas
de diferentes origens e culturas encontram seu espaço numa verdadeira
manifestação do caráter abrangente e acolhedor da nossa cultura
Yanna Hadatty Mora
De
origem libanesa a jovem escritora nasceu no Equador em 1969 e vive no México
desde 1992.
Livro
Quehaceres postergados (Tarefas adiadas)
Addarsu al awalu
Traz
de volta o passado para conviver com o presente.
Revela que a comunhão entre raças, idades e experiências
diferentes é possível e sempre muito frutífera
Eu queria ler o livro todo mas....
ResponderExcluirQuem são os personagens principais e secundarios
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